Sudoeste Paranaense: Desmatamento como Estratégia de Posse da Terra (1940-1960)

Autores/as

  • Ismael Antônio Vannini
  • Rodrigo Kummer

DOI:

https://doi.org/10.32991/2237-2717.2018v8i1.p92-113

Palabras clave:

Sudoeste paranaense, Desmatamento, História Ambiental

Resumen

O artigo apresenta uma abordagem referente ao processo de ocupação e colonização do Sudoeste do Paraná. Ocupada pelo deslocamento das correntes migratórias internas, ocorrido entre 1940 e 1960, a região que concentrava a maior floresta de araucárias do planeta, foi profundamente transformada pela ação do governo, pelas companhias imobiliárias e pelos colonos posseiros. Ações litigiosas entre o governo do Estado e da União impediam a lavratura da escritura pública dos lotes e os colonos assentados tornaram-se posseiros. O desmatamento transformou-se na estratégia dos colonos para delimitar sua posse. Como resultado, os estudos apontam que 80% da vasta floresta de pinheirais transformaram-se em cinzas. Assim, a História Ambiental do Sudoeste paranaense apresenta elementos diretos da política governamental e da ação humana ligada à posse da terra.

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Publicado

2018-11-20

Cómo citar

Vannini, I. A., & Kummer, R. (2018). Sudoeste Paranaense: Desmatamento como Estratégia de Posse da Terra (1940-1960). Historia Ambiental Latinoamericana Y Caribeña (HALAC) Revista De La Solcha, 8(1), 92–113. https://doi.org/10.32991/2237-2717.2018v8i1.p92-113

Número

Sección

Artículos