Enxertos Atlânticos: Apontamentos sobre Tropicalidade e Circulação de Plantas na Guiana Francesa à Época da Restauração Bourbon (C. 1815 – C. 1830)
DOI:
https://doi.org/10.32991/2237-2717.2020v10i2.p109-134Palabras clave:
história colonial, história ambiental de práticas científicas, sociologia do conhecimento científicoResumen
O artigo aborda a circulação de plantas no espaço colonial francês à época da monarquia parlamentar, utilizando como fonte publicações produzidas pela Marinha francesa e registros da comunicação mantida entre atores baseados tanto em espaços coloniais quanto em espaços metropolitanos. Analisam-se principalmente cartas referentes ao debate sobre a prática da enxertia em plantações de café na Guiana francesa. Conclui-se que práticas de cultivo foram continuamente atualizadas em função da comunicação estabelecida no interior do Ministério da Marinha e das Colônias francês. Assim, demonstra-se em que medida a apropriação cultural de regiões intertropicais por parte de Estados centralizados europeus se deu mediante práticas situadas em ecologias específicas, para as quais colaboraram, em rede, tanto atores em espaços coloniais como em espaços metropolitanos, e em função das quais os “trópicos”, enquanto espaço conceitual, tornaram-se cada vez mais complexos.
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