Ambientes e paleoterritórios em faixas de fronteira: perspectivas para a História Ambiental
DOI:
https://doi.org/10.32991/2237-2717.2021v11i1.p106-129Palabras clave:
Paleoterritório, Ambiente, Fronteira, História Ambiental.Resumen
O presente trabalho faz uma breve análise de como a abordagem sobre o paleoterritório pode contribuir para a pesquisa ambiental nas faixas de fronteira, marcadas por distintas temporalidades, diferenças em termos de produção e organização territorial, além da presença de formações florestais e áreas protegidas que ultrapassam os limites internacionais. São apresentados os conceitos de ambiente e território e suas importantes imbricações, o que se mostrou um pré-requisito para a discussão sobre paleoterritórios e fronteiras. Tudo isso antecedido por uma apreciação sobre contexto do surgimento, os objetivos e perspectivas da História Ambiental. O paleoterritório é definido como espacialização das resultantes ecológicas de territorializações passadas e aparece como uma contribuição relevante para analisar o passado a partir de novas perspectivas. São mencionados exemplos de relações fronteiriças articuladas à questão ambiental e que, por isso, servem como referencial para os estudos históricos sensíveis ao tema.
Citas
Álvaro Luiz Heidrich, “Conflitos territoriais na estratégia de preservação da natureza”. In Territórios e territorialidades: teorias, processos e conflitos, organizado por Marcos Aurélio Saquet e Eliseu Savério Sposito (Rio de Janeiro: Consequência, 2015).
Ana Cristina de Sousa, “Arqueologia da paisagem e a potencialidade interpretativa dos espaços sociais’, Revista Habitus, vol. 03 – n°02, (2005): p. 291-300.
Antonio Carlos Robert de Moraes, “Bases da formação territorial do Brasil”, Geografares, n° 2 (2001): p. 105-113.
Claudia Leal, “Aguzar la mirada colectiva, el gran desafío de la Historia Ambiental latinoamericana”, Historia Social, vol.36, (2019): 243-268.
Daniel Laponte e Mirian Carbonera, “Arqueologia sem fronteiras: projeto de cooperação binacional para o estudo arqueológico da Província de Misiones (Argentina) e oeste de Santa Catarina (Brasil)”, (Projeto de Pesquisa em versão digital, 2013).
Donald Worster, “Para fazer História Ambiental”, Estudos Históricos, vol. 4 - n° 8, (1991): 198-215.
Edgar Andrés Niño, “Migração, cidades e fronteiras: a migração venezuelana nas cidades fronteiriças do Brasil e da Colômbia”, Revista Espaço Aberto, vol. 10 – n° 1, (2020): 51-67.
Enrique Leff, “Construindo a História Ambiental da América Latina”, Revista Esboços, n° 13, (2003):11-29.
Jairo Henrique Rogge, “Fenômenos de fronteira: um estudo das situações de contato entre os portadores das tradições cerâmicas pré-históricas no Rio Grande do Sul”, (Tese de doutoramento apresentada ao Programa de Pós-graduação em História da Unisinos, 2004).
Jared Diamond, “Colapso: como as sociedades escolhem o fracasso ou o sucesso” (Rio de Janeiro: Record, 2010).
José Augusto Drummond, “A História Ambiental: temas, fontes e linhas de pesquisa”, Estudos Históricos, Rio de Janeiro, vol.4 - n° 8, (1991): 177-197.
José Augusto Pádua, “As bases teóricas da História Ambiental”, Estudos Avançados, n° 24 – 68, (2010): 81-101.
Kleber Dreicy Melchior, “A migração dos mortos: remanejamento de cemitérios na região do lago de Itaipu”, (Dissertação de mestrado apresentada à Universidade Estadual do Oeste do Paraná, 2012).
Lia Osório Machado, “Estado, territorialidade, redes: cidades-gêmeas na zona de fronteira sul-americana”. In: Continentes em chamas: globalização e território na América Latina, organizado por Maria Laura Silveira (Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2005).
Lia Osório Machado, Letícia Parente Ribeiro e Lício Caetano Monteiro, “Geopolítica fragmentada: interações transfronteiriças entre o Acre (BR), o Peru e a Bolívia”, Revista Colombiana de Geografía, vol. 23 – n° 02, (2014): 15-30.
Marcela Stuker Kropf e Rogério Ribeiro Oliveira, “Áreas protegidas fronteiriças”, Revista Perspectiva Geográfica, vol. 08 – n° 09, (2013): 01-20.
Marcela Stuker Kropf, Silvia Lilian Ferro e Rogério Ribeiro de Oliveira, “Biodiversidade, sociedades e Estados: lições de cooperação em áreas protegidas transfronteiriças”, Revista Sociedade e Natureza, vol. 31, (2019): 01-21.
Marcela Stüker Kropf, Rogério Ribeiro de Oliveira e Adi Estela Lazos Ruiz, “Sujeitos ocultos na paisagem: desvelando a cultura material e o trabalho humano”, Estudios Rurales, vol. 10 – n° 19, (2020): 01-20.
Marcelo Lopes de Souza, “Ambientes e territórios: uma introdução à Ecologia Política” (Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2019).
Márcio Cataia, “Território nacional e fronteiras internas. A fragmentação do território brasileiro”, (Tese de doutoramento apresentada ao PPGG da Universidade de São Paulo, 2001).
Milton Santos, “Por uma Geografia nova: da crítica da Geografia a uma Geografia crítica” (São Paulo: Edusp, 2002 [1978]).
N. Caldararo, “Human ecological intervention and the role of forest fires in human ecology”, The science of the total environment, vol. 292 - n° 3, (2002): 141-165.
Paulo Cesar da Costa Gomes, “Geografia fin-de-siècle: o discurso sobre a ordem espacial do mundo e o fim das ilusões”. In: Explorações geográficas, organizado por Iná Elias de Castro, Paulo César da Costa Gomes e Roberto Lobato Corrêa (Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1997): 13-42.
Rebeca Steiman, “Áreas protegidas nas zonas de fronteira internacional da Amazônia brasileira”, (Tese de doutoramento apresentada ao PPGG da Universidade Federal do Rio de Janeiro, 2008).
Rogério Haesbaert, “O mito da desterritorialização: do “fim dos territórios” à multiterritorialidade” (Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2004).
Rogério Ribeiro de Oliveira, “Mata Atlântica, paleoterritórios e História Ambiental”, Ambiente e Sociedade, n° 2, (2007): 11-23.
Rogério Ribeiro de Oliveira, “Fruto da terra e do trabalho humano: paleoterritórios e diversidade da Mata Atlântica no sudeste brasileiro”, Revista de História Regional, n° 20-2, (2015): 277-299.
Rogério Ribeiro de Oliveira, Patrícia Delamônica, Denise Flores Lima e Daniel Toffoli, “A gênese estrutural de um paleoterritório: a sucessão na floresta atlântica nos primeiros dez anos após uso por populações caiçaras”, Pesquisa Botânica, vol. 59, (2008): 113-128.
S. Hecht e D. Posey, “A preliminary results on soil management techniques of the Kayapó Indians”, Advances in economic botany, vol. 7, (1989): 174-188.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Esta revista ofrece acceso libre inmediato a su contenido, siguiendo el principio de que disponibilizar gratuitamente el conocimiento científico al público proporciona mayor democratización mundial del conocimiento.
A partir de la publicación realizada en la revista los autores poseen copyright y derechos de publicación de sus artículos sin restricciones.
La revista HALAC sigue los preceptos legales de la licencia Creative Commons - Atribución-NoComercial 4.0 Internacional.