O Comércio Atlântico e as Políticas de Melhoramento Animal na Transformação da Paisagem do Planalto Catarinense no Século XX
DOI:
https://doi.org/10.32991/2237-2717.2020v10i2.p74-108Palabras clave:
Pecuária, Comércio Atlântico, Natureza, ModernizaçãoResumen
A expansão da atividade pecuária no Brasil resignificou as relações entre natureza, sociedade e animais não humanos através de projetos e relações de poder na apropriação de espaços naturais. Dentre estes mecanismos de apropriação, ressalta-se, no mundo agrário, a composição social baseada em questões patriarcais e aristocráticas relacionadas à concentração da terra, renda e acesso à tecnologia produtiva, que também hierarquizaram as estruturas de modernização de espaços em um mesmo território regional. Assim, a historicidade da utilização dos campos no Estado de Santa Catarina, permite analisar como determinados biomas foram inscritos em projetos políticos, econômicos e ambientais que estabelecem diferentes relações entre a sociedade local e a natureza, bem como diferentes configurações de espaço e identidade ao longo do tempo e de acordo com a difusão de tecnologias e genética animal que integrou o sul do Brasil ao complexo colonial mercantil pelo Rio da Prata e Oceano Atlântico.
Citas
Alcides Goulart Filho, Formação Econômica de Santa Catarina (Florianópolis: Cidade Futura, 2002.
Alfred W Crosby, Imperialismo Ecológico: A expansão biológica da Europa 900- 1900 (São Paulo: Companhia da Letras, 2011).
Aluísio de Almeida, “Caminhos do sul e a feira de Sorocaba”, Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (RJ: UFRJ, 1945).
Ana Lucia Hebersts, “Análise Arqueológica das estruturas viárias do caminho das tropas em Santa Catarina”, Revista Tempos Acadêmicos, 10(Santa Catarina: Criciuma,2012).
Antônio C. R. Moraes, Geografia Histórica do Brasil (São Paulo: Annablume, 2009).
Antônio C. R. Moraes, Ideologias Geográficas: Espaço, cultura e política no Brasil (São Paulo: HUCITEC, 1996).
Aurélio Porto, História das Missões Orientais do Uruguai. 2 vols, 2. ed (Porto Alegre: Selbach, 1954) p. 9, v 1.
Bárbara Göbel, Manuel Góngora-Mera e Astrid Ulloa (Org.), Desigualdades Socioambientales en America Latina (Berlin/Bogotá: Iberoamerikanisches Institut/Universidad Nacional de Colombia, 2014).
Caio Prado Junior, Formação do Brasil Contemporâneo (São Paulo: Brasiliense, 2008).
Córdova et.al., Melhoramento e Manejo de Pastagens naturais no Planalto Catarinense (Florianópolis: Epagri, 2004).
Cyro Ehlke, A conquista do Planalto Catarinense: Bandeirantes e tropeiros no sertão de Curitiba (RJ: Ed. Laudes,1973).
D. de Laytano, Fazenda de criação de gado (Porto Alegre: Oficinas Gráficas da Imprensa Oficial, 1950), p.151
Eduardo Cotrim, A fazenda Moderna: Guia do Criador de bovino no Brasil (Bruxellas: Typographia, 1913).
Élio Cantalício Serpa, “Os indômitos povos de que Ella a Villa de Lagens se compõe pela maior parte”, Revista Catarinense de História, 2(Florianópolis, 1994).
Estela Maria Agostini, “Da araucária ao pinus: uma análise geográfica do Planalto de Lages. Florianópolis”, (Dissertação de Mestrado, Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, 2001), 118 f.
F.D. Barbosa, Vacaria dos Pinhais (Porto Alegre: Ed. EST, 1978).
Hilda Sabato, Capitalismo y ganaderia en Buenos Aires: La fiebre del lanar (1850-1890).
Ignácio Rangel, Economia brasileira contemporânea (São Paulo: Bienal, 1987).
Ilsi Boldrini (org), Biodiversidade dos campos do planalto das araucárias (Brasília: MMA, 2009).
Iná Elias Castro, Paulo C.C. Gomes e Roberto L. Correa, Geografia: Conceitos e Temas (Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2007).
Indalécio Arruda, Revivendo o Passado (Rio de Janeiro: Planejamento Gráfico, 1972).
J.D. Bernal, Ciência na História (Lisboa: Horizonte, 1969).
Jean Dorst, Antes que a natureza morra (São Paulo: Ed. Edgard Blücher,1973).
Joana Medrado, Do Pastoreio à pecuária: A invenção da modernização rural nos sertões do Brasil Central (RJ: UFF, 2013).
José Alipio Goulart, O Brasil do boi e do couro (SP: GRD, 1965).
José Maria Arruda Filho, Coisas do Passado (Lages, Santa Catarina. 1964).
Lauro P. Zago Sagrilo, Origem e evolução da pecuária de corte no Rio Grande do Sul (Porto Alegre: UFRGS, 2015).
Leo Weibel, Capítulos de Geografia Tropical e do Brasil (RJ: IBGE, 1979).
Licurgo Costa, O continente das Lagens (Florianópolis: Fundação Catarinense de Cultura, 1982).
Lucy W. Santos, Estação Agronômica e de Veterinária do Estado: Uma abordagem sobre o início da pesquisa agrícola em Santa Catarina (Florianópolis: UFSC, 1998).
Luis castanho de Almeida, “Tropeiros do Brasil nas feiras de Sorocaba”, Anais do X Congresso Brasileiro de geografia (1952).
Manuel Correia Andrade, et.al. (org) O mundo que o Português criou, (Recife: CNPQ, 1997).
Manuel Diegues Junior, Regiões Culturais do Brasil (Rio de Janeiro: INEP, 1960).
Marcelo Lopes Souza, Os conceitos fundamentais da pesquisa sócio-espacial (Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2013).
Marcelo Meira Amaral Bogaciovas, “Antigas propriedades rurais de Lages”, Revista da ASBRAP, 6 (São Paulo, 1999): p. 9-92
Maria Graciana E. De Deus Vieira e Raquel M.F.A. Pereira, “Latifúndio Pastoril e Pequena Produção Mercantil: O caso do Brasil subtropical” GEOGRAFIA ECONOMICA. Anais de Geografia Econômica e Social (Florianópolis: Geociências/UFSC, 2010).
Maurice Godelier, Horizon, trajets marxistes en anthropologie (Paris: F. Maspero, 1971).
Milton Santos, A natureza do espaço: técnica e tempo, razão e emoção. 3. ed. (São Paulo: Hucitec, 1999), p. 308.
Milton Santos, Espaço e sociedade: ensaios (Petropolis: Vozes, 1979), p. 156.
Nilo Ferreira Romero, Manejo Fisiológico dos Pastos Nativos Melhorados (Guaíba: Ed. Agropecuária, 1998).
Orlando Valverde, “Geografia da pecuária no Brasil” FINISTERRA: Revista Portuguesa de Geografia. 2vols 4(1964), Disponível em: www.revistas. rcaap.pt/finisterra.
Paulo A. Zarth, Do arcaico ao moderno: as transformações no Rio Grande do Sul do século XIX (Ijuí: Ed. Unijuí, 2002).
Qin Hui, “A divisão do patrimônio da grande família”, Revista Contragolpes (São Paulo: Boitempo, 2006).
R. Brenner, Estructura de classes agraria y desarrollo económico en la Europa pré-industrial. (Barcelona: Editorial Crítica, 1988).
R. V. Araujo, Os Jesuítas dos Sete Povos (Porto Alegre: Ed. La Salle, 1990).
René Rémond, O século XIX: Introdução à História de nosso tempo (São Paulo: Ed. Cutrix, 1974).
Roberta Barros Meira, Semeando ideias: Os discursos em prol do ensino agrícola no Brasil no final do Império às primeiras décadas da Republica (RS: UNISINOS, 2017).
Serge Gruzinski, O pensamento mestiço (São Paulo: Companhia das Letras, 2001).
Silvio Coelho Santos, “A modernidade chega pelo trem”, Silvio Coelho Santos (org), Santa Catarina no século XX: ensaios e memória fotográfica (Florianópolis: Ufsc/FCC Edições, 2000).
Valério de Patta Pillar et.al., Campos Sulinos: Conservação e uso sustentável da biodiversidade (Brasília: MMA, 2009).
Vera Maria Villamil Martins, Raça Crioula Lageana: O esteio do ontem, o labor do hoje e a oportunidade do amanhã (Lages: Ed. ABCCL, 2009).
Victor Antônio Peluso Junior, Latifúndios e Minifúndios no Estado de Santa Catarina (Florianópolis: UFSC, 1971).
W Ritter e W. J. Sorrenson, Produção de Bovinos no Planalto de Santa Catarina (Florianópolis: EMPASC, 1985).
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Esta revista ofrece acceso libre inmediato a su contenido, siguiendo el principio de que disponibilizar gratuitamente el conocimiento científico al público proporciona mayor democratización mundial del conocimiento.
A partir de la publicación realizada en la revista los autores poseen copyright y derechos de publicación de sus artículos sin restricciones.
La revista HALAC sigue los preceptos legales de la licencia Creative Commons - Atribución-NoComercial 4.0 Internacional.