Fág e Nen: Araucária e Floresta no Coletivo Kaingang

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.32991/2237-2717.2023v13i1.p165-187

Palabras clave:

meio ambiente, resistência, cosmopolítica, indígenas

Resumen

Este artigo busca discutir a araucária e a sua floresta, a partir da cosmo-ontologia kaingang. Para tanto, a araucária é tratada como pessoa fág (araucária) e a floresta é compreendida a partir do território nen (floresta). A cosmovisão kaingang é orientada a partir de relações de trocas entre humanos e não humanos, produzindo territórios e corpos multiespécies. Essa simetria kaingang é colocada à prova com o contato com a cosmovisão ocidental/moderna produtora de monoculturas, a partir do século XIX. Contudo, foi justamente a identidade comum entre kaingang e araucária que permitiu que houvesse resistências ao desflorestamento da araucária (de nen e de fág) na Terra Indígena Mangueirinha (TIM), que está localizada no sudoeste paranaense, englobando os municípios de Chopinzinho, Coronel Vivida e Mangueirinha. Assim, as tentativas do estado brasileiro em sequestrar os seus territórios e os corpos das araucárias como mercadoria, em certo sentido, reatualizaram as práticas ancestrais kaingang em diferentes práticas de resistência.

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Publicado

2023-04-28

Cómo citar

Branco, C. F., Perondi, M. A., & Ramos, J. D. D. (2023). Fág e Nen: Araucária e Floresta no Coletivo Kaingang. Historia Ambiental Latinoamericana Y Caribeña (HALAC) Revista De La Solcha, 13(1), 165–187. https://doi.org/10.32991/2237-2717.2023v13i1.p165-187

Número

Sección

Artículos