Do Chafariz ao Copo: Os Fluxos da Água no Rio de Janeiro Oitocentista
DOI:
https://doi.org/10.32991/2237-2717.2024v14i3.p581-617Palabras clave:
fluxos de água, história ambiental urbana, cultura material, Rio de Janeiro, século XIXResumen
Inserido na perspectiva de uma história ambiental urbana, o artigo analisa os fluxos da água na cidade do Rio de Janeiro, em seu percurso desde as fontes públicas até o interior das casas de morada, durante o século XIX. Segue o caminho das redes hídricas, encanamentos, chafarizes, torneiras, penas d'água, mas também acompanha o líquido no barril dos aguadeiros, em direção tanto a simples talhas de barro, como a copos de cristal. Volta-se, igualmente, para a atividade das lavadeiras, executada nos tanques públicos ou diretamente na margem de rios e córregos. Observa, ainda, usos exclusivamente ornamentais, como nos repuxos que adornam os jardins das casas senhoriais. Dessa forma, busca entender o papel de equipamentos e artefatos e, sobretudo, do trabalho – de escravizados e livres – nesse fluxo para, afinal, examinar como a água criava possibilidades para a vida urbana, conformando-a, mas, ao mesmo tempo, era moldada pelas dinâmicas sociais da cidade.
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