Considerações ético-políticas na História (Ambiental): escalas e o presentismo da devastação
DOI:
https://doi.org/10.32991/2237-2717.2019v9i2.p64-94Palavras-chave:
História Ambiental, Tempo Presente, Giro Ético-Político, CrimeResumo
Este artigo tem como tema a possibilidade de discussão dos princípios ético-políticos na História Ambiental. As considerações feitas aqui têm como base a perspectiva de crise do presente e a devastação ambiental. Ambos são vistos a partir da violação dos direitos não humanos, perpetrada por uma guerra travada há décadas contra o mundo natural, dirigida pelos ditames do capitalismo e suas diversas agendas econômicas, políticas e sociais dentro dessa temporalidade. A exemplificação do tema está no processo de ocupação do norte paranaense no século XX e mantida até os dias de hoje, que não apenas alterou a paisagem florestal da região, mas dizimou milhões de espécies de arvores e animais silvestres e talvez bilhões de microrganismos. Espera-se, portanto, promover o debate sobre os caminhos analíticos da História Ambiental e a responsabilidade dos pesquisadores, entre tantas outras, enquanto promotores de conhecimento sobre as relações entre seres humanos e não humanos.
Referências
André F. Voigt. “Há um “giro ético-político” na história?” Revista Expedições: teoria & historiografia, 6, 1, (January/July, 2015): 109-120.
Andreas Huyssen, Seduzidos pela memória (Rio de Janeiro: Aeroplano, 2000).
Breno Mendes and Pedro H. B. M, Araújo. “Quentin Skinner e Paul Ricoeur: do giro linguístico ao giro ético-político na história intelectual” Revista de Teoria da História, 16, 2, (December, 2016): 177-196.
Barack Obama. Remarks by the President in Eulogy for the Honorable Reverend Clementa Pinckney. (College of Charleston Charleston, 2015).
Caroline S. Bauer and Fernando F. Nicolazzi. “O historiador e o falsário: Usos públicos do passado e alguns marcos da cultura histórica contemporânea”. Varia História, 32, 60, (December, 2016): 807–835.
Diogo C. Cabral. “‘O Brasil é um grande formigueiro’: território, ecologia e a história ambiental da América portuguesa, parte 1”. (História Ambiental Latinoamericana y Caribeña (HALAC), 3, (2014): 467-489. (a).
Diogo C. Cabral. “‘O Brasil é um grande formigueiro’: território, ecologia e a história ambiental da América portuguesa - Parte 2”. (História Ambiental Latinoamericana y Caribeña (HALAC), 4, (2014): 87-113. (b).
Dante G. Guazzelli. “O dever de memória e o historiador: uma análise de dois casos brasileiros” Mosaico, 2, 4, (29 dez. 2010): 46-68.
Dalmo Polastro. “Estudo dos casos de intoxicação ocasionadas pelo uso de agrotóxicos no estado do Paraná, durante o período de 1993 a 2000. (Master diss. Universidade de São Paulo, 2005).
Ely B. de Carvalho. Inspirar amor à terra: uma história ambiental da colonização moderna do Brasil, o caso de Campo Mourão, Paraná, 1939-1964 (São Paulo: Alameda, 2017).
Eric J. Hobsbawm. A era dos extremos: o breve século XX: 1914-1991 (São Paulo: Companhia das Letras, 1995).
Elmar Altvater, O fim do capitalismo como o conhecemos: uma crítica radical do capitalismo (Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2010).
François Hartog. Regimes de historicidade: presentismo e experiências do tempo (Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2013).
Gilmar Arruda. “Descendo o rio: alguns apontamentos para uma história ambiental do rio Tibagi- PR”. Org. by J. L. Franco et al. História ambiental: fronteiras, recursos naturais e conservação da natureza, v. 1 (Rio de Janeiro: Garamond, 2012): 203-224.
Gerd Kohlhepp. Colonização agrária no Norte do Paraná (Maringá: EDUEM, 2014).
Gilson. P. Manfio. Microbiota (Ministerio do Meio Ambiente, 2003).
Jo Klanovicz and Lucas Mores. A sojização da agricultura moderna no Paraná, Brasil: uma questão de história ambiental. Fronteiras: Journal of Social, Technological and Environmental Science, 6, (2017): 240-263.
Jose M. Arias Neto. O Eldorado: representações da política em Londrina 1930-1975 (Londrina: Editora da Universidade Estadual de Londrina, 1998).
Karl Polanyi. A grande transformação: as origens de nossa época (Rio de Janeiro: Campus, 2000).
Marc Bloch. Apologia da história, ou, O ofício do historiador (Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2001).
Marieta de M. Ferreira, “História do tempo presente: desafios” Cultura Vozes, 94, 3, (May/June, 2000): 111-124.
Marcelo de M. Rangel and Valdei L de Araújo. “Apresentação – Teoria e história da historiografia: do giro linguístico ao giro ético-político”. Histo. Historiogr., 17, (April, 2015): 318-332.
Nelson D. Tomazi. “Norte do Paraná”: Histórias e fantasmagorias (Curitiba: Aos 4 Ventos, 2000).
N. Lopes. “Poluição reduz diversidade de bactérias marinhas no litoral paulista” Revista FAPESP (Jan/2014): 11-14.
Paulo H. Martinez. “A nação pela pedra: coleções de paleontologia no Brasil, 1836-1844” História, Ciências, Saúde-Manguinhos, 19, 4, (2012): 100-120.
Paulo H. Martinez. “A nação pela pluma: natureza e sociedade no Museu do Índio (Rio de Janeiro, 1953-1957)” Anais do Museu Paulista: história, cultura e material, 20, (2012): 119-148.
Paul Ricoeur. Tempo e narrativa (São Paulo: Editora WMF Martins Fontes, 2010).
Regina H. Duarte. “Por um pensamento ambiental histórico: O caso do Brasil” Luso-Brazilian, 41, (Decemebr, 2004): 144-161.
Rogerio Ivano. Crônicas de fronteira: imagem e imaginário de uma terra conquistada (Curitiba: Aos Quatro Ventos, 2002).
Reinhart Koselleck. Futuro passado: contribuição à semântica dos tempos históricos (Rio de Janeiro: Contraponto/Ed. PUC-Rio, 2006).
Rogério R. Oliveira and Joana S. Fraga. “Metabolismo social de uma floresta e de uma cidade: paisagem, carvoeiros e invisibilidade social no Rio de Janeiro dos séculos XIX e XX”. GeoPuc, 4, (2012): 1-18.
Silvia R. Goi and Francisco. A. Souza. “Diversidade de microrganismo do solo”. Floresta e Ambiente, 13, 2, (2006): 46-65.
Raymond Williams. Cultura e materialismo (São Paulo: Ed. Unesp, 2011).
Simon Schama. Paisagem e memória (São Paulo: Companhia das Letras, 1996).
Thadeu E. M. M. Costa et al. “Avaliação de risco de organismos geneticamente modificados” Ciência & Saúde Coletiva, 16, 1, (2011): 327-336.
Dean Warren. A ferro e fogo: a história e a devastação da Mata Atlântica brasileira (São Paulo: Companhia das Letras, 1996).
Paula de Z. Casagrande. A Cidade e os Jardins: Jardim América, de projeto urbano a monumento patrimonial, (1915-1986) (São Paulo: EDUNESP, 2008).
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Esta revista oferece acesso livre imediato ao seu conteúdo, seguindo o princípio de que disponibilizar gratuitamente o conhecimento científico ao público proporciona maior democratização mundial do conhecimento.
A partir da publicação realizada na revista os autores possuem copyright e direitos de publicação de seus artigos sem restrições.
A Revista HALAC segue os preceitos legais da licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial 4.0 Internacional.